Todos nós temos marcas em nosso corpo, sejam internas ou externas, mas existem cicatrizes que ficam em nosso corpo, as chamadas “elas contam a nossa história” que podem influência na autoestima do paciente, fazendo com que ele evite usar alguma roupa ou até mesmo não ir a algum evento.

Além desses motivos que uma cicatriz pode trazer para a vida de uma pessoa, existe também a dor e o desconforto que essa marca pode causar. Para quem estava pensando em queloide e cicatrizes hipertróficas, acertou!

No texto do blog de hoje vou tirar algumas dúvidas sobre esse assunto, confira:

É muito comum pessoas apresentarem cicatrizes mais visíveis que outras e até mesmo com um processo de cura que acaba sendo diferente, acarretando por sua vez, CICATRIZES HIPERTRÓFICAS ou QUELOIDES. Esses dois quadros podem ser vistos devido à genética do paciente, ou outros fatores, mesmo sendo semelhantes (vermelhidão, coceira e elevação na pele), elas têm algumas diferenças típicas que vou citar logo a seguir:

🔹 Queloide: esse quadro clinica se origina de uma produção de colágeno, fazendo com que a pele fique elevada, mais espessa, ultrapasse os limites do ferimento e pode causar dor ou ardência no local do machucado, outro fator que caracteriza essa anomalia é a cor avermelhada que ela apresenta mesma depois da cicatrização total.

A queloide é considerada pelos especialistas uma tumoração benigna, podendo surgir depois de uma lesão na pele, incluindo nessa lista ferimentos comuns, como cortes cirúrgicos, acne, colocação de piercing e até mesmo tatuagens.

Pessoas que apresentam queloide tem o fator genético mais comum e com pigmentações cutâneas mais escuras, negros e asiáticos tem uma propensão maior a produzir mediadores químicos que estimulam a proliferação de fibroblastos (células de reparação e produz o colágeno que dão origem a cicatriz)

Esses indivíduos estão sujeitos ao surgimento de queloide por qualquer lesão, causando cicatrizes. Além disso, a queloide não regride sozinha e o tratamento dessas marcas deve ser feito com muito afinco pelo paciente;

🔹 Cicatrizes hipertróficas: diferente da queloide, esse quadro não ultrapassa os limites do ferimento. Mesmo sendo uma cicatriz provocada pelo colágeno excessivo também, as lesões hipertróficas podem aparecer em pessoas que sofreram alguma intervenção cirúrgica ou ferimentos.

Muito comum observar essa cicatriz a partir da segunda semana de cura da lesão, apresentando coceira, vermelhidão e dores. Outro fator que diferencia essa lesão é que com o tempo a cicatriz regride sozinha na maioria das vezes, ficando mais fina e com uma cor semelhante a da pele. Pode surgir em qualquer pessoa e tende regredir com o tempo, tendo boa resposta ao tratamento.

Existem tratamentos para a queloide e cicatrizes hipertróficas, Dra. Andressa?

Sim! Porém, no caso da queloide, como citada acima, é necessário um tratamento mais profundo e demanda paciência do indivíduo. Alguns desses tratamentos são:

*Injeções de corticoides nas lesões: é um dos tratamentos mais utilizados para amenizar a queloide. A substância impede que a cicatriz fique mais extensa, além de ajudar a deixa-la mais plana;

👉 Gel de silicone: sendo aplicada nas primeiras semanas do machucado, o gel ajuda na melhora da aparência;

👉 Remoção cirúrgica do queloide: esse tipo de procedimento é indicado para paciente que já tenham queloides antigas, ou que os tratamentos convencionais não deram resultados satisfatórios. A ideia é remover a cicatriz antiga e tratar a nova;

👉 Radioterapia: a aplicação de radioterapia deve ser iniciada no dia seguinte da cirurgia de remoção da cicatriz;

👉 Laser: existem diversos lases que têm eficácia comprovada no tratamento dessas cicatrizes, sendo algumas delas:
👉 Laser de corante pulsante;
👉 Laser de dióxido de carbono fracionado;
👉 Laser alexandrite ou laser díodo;
👉 Luz intensa de pulso.

É muito importante que o indivíduo consulte um dermatologista para avaliar sua cicatriz e diagnosticar se é queloide ou lesões hipertróficas e começar o tratamento. Não inicie nenhum tratamento por conta própria.

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